DOENÇA DE PARKINSON E A FISIOTERAPIA

 A doença de Parkinson, também chamada de Mal de Parkinson ou Parkinsonismo é uma doença degenerativa, progressiva e crônica do sistema nervoso central (cérebro). 

Esta doença causa a degeneração da substância negra presente na região dos gânglios da base.  Como resultado desta degeneração passam a ocorrer :
  • pertubações no tônus muscular (hipertonia);
  • alteração do padrão postural (pessoa passa a ter uma postura mais flexora); 
  • passam a ocorrer movimentos anormais e  involuntários (tremores);
  • hiperreflexia.

 Clinicamente, o paciente com doença de Parkinson possui três sinais clássicos: 
  • rigidez;
  • bradicinesia (lentidão de movimentos);
  • tremor (nas mãos, mandibular e outras áreas)

Na Doença de Parkinson a fisioterapia atua de acordo com os sinais e sintomas apresentados pelo doente através da realização e aplicação de um programa de exercícios cinesioterapêuticos ativos-livres e/ou passivo.

Objetivos da Fisioterapia:
  • Desacelerar a progressão da doença.
  • Impedir o desenvolvimento de complicações  e deformidades secundárias. 
  • E sobre tudo manter ao máximo as capacidades funcionais do paciente e sua qualidade de vida. 

Um dos objetivos principais da fisioterapia de fronte ao tratamento de pacientes com Doença de Parkinson é buscar amenizar a rigidez muscular que o paciente começa a apresentar com o desenvolvimento da doença e que tende a piorar com o seu agravamento e evolução clínica caso o mesmo não seja submetido a um acompanhamento clínico e fisioterapêutico adequado.  A fim de evitar o imobilismo e o acamamento do mesmo, e para garantir e tentar manter pelo maior tempo possível esse paciente ativo realizando suas atividades de vida diária e laborativas. De modo geral o tratamento fisioterapêutico voltado para pacientes com Doença de Parkinson  consiste em manter  ou melhorar as condições musculares (de força, de amplitude e velocidade de movimento ), através da realização de  exercícios físicos de alongamento e fortalecimento muscular global, exercícios de correção postural , de equilíbrio e exercícios respiratórios. Todas as modalidades de exercícios fisioterapêuticos supracitados devem ser realizados pelo fisioterapeuta de forma lúdica, ou seja, de modo que chame e prenda a  atenção do doente para o modo como a atividade será e é executada,   para isso vale tudo: usar bolas de vários tamanhos e cores, bastões, bambolê, realizar exercícios em circuitos de atividades com ou sem obstáculos, realizar  treino de marcha em diferentes superfícies regulares ou irregulares (chão de terra, arreia, grama, piso, escadas e etc.), simular atividades do dia-a-dia (levantar e sentar na cama, no sofá, caminhar, pegar e jogar objetos, chutar bolas e etc.). Entretanto, devido ao fato da Doença de Parkinson ser uma doença, lenta, progressiva e degenerativa que leva ao imobilismo e a morte a família tem um papel fundamental, no processo terapêutico do doente, seja durante auxiliando o doente, durante a realização de atividades de vida diária, seja incentivando e o encorajando a fazer tudo com o máximo de independência possível. Com a fisioterapia e o apoio da família, o doente com Doença de Parkinson torna-se mais ativo e independe, com isso prorrogasse a sua expectativa de vida ao mesmo tempo que melhora a sua qualidade de vida.

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